29 de nov. de 2006

Chuva

Hoje (dias atrás) o dia foi nublado aqui, desde manhã - ou quase tarde - já que eu acordei perto de meio dia... Quando eu vim pro computador eu pensei em fazer um post sobre chuva e comecei a ver se lembrava de músicas que tratavam de chuva e, pra minha surpresa, lembrei-me de muitas delas...


Chuva ou sol? Chuva, com certeza - desde pequeno. Acho que pelo meu ar introspectivo quando mais novo, por sentir algo de novo na chuva, um aconchego, um momento proprício para um borbulhar de pensamentos, de lembranças, de ficar olhando pro tempo...

Tomar banho de chuva é melhor ainda... quando eu era pequeno, qualquer sereno era desculpa pra eu botar minha capa de chuva e ir pro colégio com ela, me sentindo todo importante (não me perguntem o porquê). Eu ficava feliz, não importasse o que tava sentindo, se eu olhava pro céu e via nuvens carregadas com água, a precipitar a qualquer momento e em qualquer lugar. Era como se o dia se tornasse mais dia, como se não importasse o que eu fizesse, mas o céu estaria sempre ali, nublado, pra me alegrar.

Quando resolver chover aqui, eu escrevo mais sobre isso. Vou ficar no quarto ou na varanda observando o tempo e sendo molhado pelos pingos de chuva.

[Billy Myers - Kiss the Rain]

11 de nov. de 2006

Músicas


Como os compositores fazem músicas que tratam de sentimentos tão amplos, de situações tão variadas?
Sentem eles todas essas sensações?
São as músicas gritos de dor, de alegria, de esperança, de vida que existem dentro deles?
Se sim, como que eles conseguem viver com tudo isso e transformar isso somente em música?
Será a vida de músicos tornada artificial pela fama?
O que sentem tais corações?

Música... tudo e sempre...


(inspirado pela Ju)

10 de nov. de 2006

Hoje eu vi grama verdinha, que nunca mais tinha visto, parecia que tava molhada.
Hoje eu vi um esquilo correndo pelo parapeito das janelas.
A fonte da Union foi desligada.
As pedras da fonte continuam imponentes céu acima, mas a água vai diminuindo de nível.
Eu vi novos ângulos de fotos hoje. Da Union, das folhas verdes e vermelhas das plantas....
Eu vou voltar pelo mesmo caminho de ontem, mas, dessa vez, com máquina.

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Não choveu,
Não nevou,
Não voltei pelo mesmo canto,
Não peguei a máquina,
Só fez frio...

Sonhos

Teve um dia que eu sonhei que tava numa praia, era de tardezinha pra de noite.
Tinha uma casinha feita de madeira com telhado do mesmo material ou de telha avermelhada.
Na areia havia uns matos verdes ao redor da casa.
Ela ficava no alto de um morro um metro e meio acima da água, e não muito longe da beira do mar.
Anoitecia e a areia ganhava um tom de azul, iluminada pela parcialidade que a Lua aparecia no céu, entre nuvens azuladas num tom pra branco também.
Acho que tinha uma lamparina dentro da casa, que só tinha um cômodo.
Tinha uma janela com uma cortina de pano transparente branco.
Tinha uma cama com colcha branca.
Ah, lembrei.. o telhado, se tinha, era transparente também de alguma forma, porque eu deitava na cama e conseguia ver as estrelas no céu.
Ao pisar na areia, eu a sentia gelada, mas confortável ao mesmo tempo em que ela se moldava à força que meus pés faziam nela.
Por que não chuva também?
E agora eu mudo de ambiente.
Não tô mais na praia, tô na serra.
Quando olho pra frente, vejo uma paisagem escura e com uma serração impedindo-me de ver muito além.
Eu tô em cima de um barranco, perto de uma Igreja.
Na verdade isso não é sonho, eu lembro de ter estado lá.
Lembro da mesma serração invadindo a casa do meio do mato em que eu fiquei durante a Semana Santa.
Frio na serra sempre me lembrou e vai me lembrar de comer fondue.
Sempre vai me lembrar de tomar vinho, tirando gosto com queijos.
Já me perdi nos sonhos.
Eu já consegui compor uma poesia à beira da praia, enquanto conversava com meu primo.
Queria ter escrito num papel pra poder lembrar, acho que ficou boa.
Eu já fiz uma viagem pro interior.
Lá em cima do morro tinha um restaurante.
Ia com meus pais, meus avós.
O Vovô dirigindo o jipe bege dele.
Eu e meus primos sentados na parte de trás naqueles assentos de almofadas recobertas com plástico com detalhes vermelhos - ou verdes.
A pedida era sempre guaraná Wolga.
A gente pedia peixe assado pra comer.
Enquanto isso, eu ficava descalço e atravessava o tablado branco sob as pedras, pisava na terra e seguia um caminho que dava na bica.
Lá em cima tinha outra parte do restaurante, mas eu nunca fui.
No começo eu não subia nas pedras pra chegar na bica, mas depois me aventurei.
Gostava quando ia com meu pai e o Vovô.
O Vovô com aquele short de banho azul escuro que tantas vezes eu vi usar junto da Bá.
Cada pedra era uma forma diferente de pisar.
As pedras eram escuras, cinzas, o lodo, verde.
Quando a gente chegava na base da bica, podia sentir os respingos de água, aquela névoa que se espalha depois que a água bate nas pedras.
Olhava pro alto, tentava ir lá pra cima.
Imaginava como era a bica de cima.
A água era extremamente gelada.
Meu pai logo me molhava e ficávamos jogando água um no outro.
A areia era diferente.
Eu trouxe uma vez pra Fortaleza num saco plástico.
Parecia um cascalho bem fino.
Eu tinha medo de ficar bem embaixo da água da bica.
Tinha receio de cair no chão quando ela me atingisse.
Mas era bom que só depois que eu não sentia mais a água gelada.
A bica foi minguando.
Não sei como tá hoje.
Espero que esteja com alguma água.
Vou dormir.
Espero pela chuva de amanhã e, com sorte, pelos flocos de neve que cairão por cima das folhas que estão no chão.

9 de nov. de 2006

Autumn leaves {folhas do Outono}


Eu tava no caminho da aula hoje, a pé e ouvindo música, quando dobrei depois do CBA pra seguir em frente pro Avery Hall. Nessa hora eu vi um grupo de crianças que visitavam a exposição de artes plásticas em um museu da universidade. Elas posavam para uma foto na escada, segurando alguma sacolinha que ignorei, porque vi algo que merecia uma foto:

Em dias normais, as copas das árvores entrelaçam-se e projetam uma sombra completa. O chão hoje tava parecido com esse, coberto de folhas secas dessas árvores, algumas folhas paradas no chão, outras caindo ainda dos galhos, outras agitadas pelo vento... a entrada do bloco não era vista, havia um tapete de folhas cobrindo tudo, na extensão completa do calçamento, da grama de um lado, à grama do outro lado...

Pode ter sido estranho, podem ter achado que eu era louco, mas eu não ligo, eu saí chutando as folhas e começei a rir, a andar mais devagar, só faltava me deitar lá... fiquei olhando pra cima pra ver o céu entre as folhas restantes.. eu queria estar com uma bendita máquina fotográfica, mas num tava... fica guardado na minha mente pelo menos... não sei se foi psicológico, mas sair arrastando os pés - mesmo calçados - pelas folhas me deu uma sensação de paz, de leveza... [e ontem achei a maior graça quando vi os esquilos subindo nas árvores e pulando dos galhos de uma árvore para os de outra.

A empolgação foi tanta que eu voltei pelo mesmo caminho quando vim pra casa, só pra chutar as folhas de volta...

Quem sabe amanhã eu não levo um banho de chuva no caminho pra aula ? =D

Abraços pra quem passa...

8 de nov. de 2006

Porque a vida não é feita de "quase"

Primeiro, porque o caminho trilhado até alcançar o objetivo é o que nos amadurece, nos muda a opinião, nos marca com erros, nos dá idéias de novas metas a buscar...

Segundo, porque "sem emoção, num tem graça" (by me) e por mais que as dificuldades sejam grandes, não há sentimento melhor do que o que é sentido após elas serem superadas e a satisfação sentida por isso ter acontecido através de méritos próprios...

Terceiro, porque o quase não é o todo. Se o quase fosse bom, não adiantaria buscar o todo se o quase já é bom...
"If today was perfect, there would be no tomorrow"
"Se o hoje fosse perfeito, não existiria o amanhã"

4 de nov. de 2006

3 de nov. de 2006


Essa foto foi sábado passado... eu tava indo à missa e também fui devolver a máquina fotográfica. No caminho, feito de bicicleta, parei no Oak Lake, que é um lago perto daqui - e que é um dos poucos a congelar no inverno, leia-se patinar no gelo em Janeiro ou Fevereiro - me deparei com essas árvores e resolvi tirar uma foto. Deixo à vocês o julgamento da mesma. Pra vê-la maior, é só clicar nela.

Procurei o significado dessa música da Sheryl Crow chamada Run, Baby Run, mas não encontrei, sugestões serão bem-vindas...

She was born in November 1963
The day Aldous Huxley died
And her mama believed
That every man could be free
So her mama got high, high, high
And her daddy marched on Birmingham
Singing mighty protest songs
And he pictured all the places
That he knew that she belonged
But he failed and taught her young
The only thing she's need to carry on
He taught her how to

Run baby run baby run baby run
Baby run

Past the arms of the familiar
And their talk of better days
To the comfort of the strangers
Slipping out before they say
so long
Baby loves to run

She counts out all her money
In the taxi on the way to meet her plane
Stares hopeful out the window
At the workers fighting
Through the pouring rain
She's searching through the stations
For an unfamiliar song
And she's pictures all the places
Where she knows she still belongs
And she smiles the secret smile
Because she knows exactly how
To carry on

So run baby run baby run baby run
Baby run

From the old familiar faces and
Their old familiar ways
To the comfort of the strangers
Slipping out before they say
So long
Baby loves to run