11 de dez. de 2007

Passividade cotidiana do mundo


Quantos de nós realmente vive uma vida? Parece que os velhos dizeres e bordões de como "a vida anda difícil", de que "a situação é ruim pra todos" e de "que ninguém escapa da crise" ecoam cada vez mais frequentemente...

Quem vive dessa forma, vive passivamente, vive a decisão, a opinião e o pensar dos outros (ou da sociedade). Há que se ter valores e crenças individuais que possibilitem o confronto de opiniões: próprias com externas...

A inércia social, creio eu, vem da inaptidão do ser humano em confrontar e analisar o que ouve, o que lhe é exposto e o que não lhe é próprio. Ao longo da formação de uma pessoa, quanto mais tempo se passa imerso nesse estado, maior a possibilidade de tornar-se "mais um na multidão". A vida não pode ser vivida de forma passiva, sem interação, sem contribuição.

A rotina é algo que eu tento evitar. Não que eu consiga, afinal, em termos gerais, atualmente vivo o ciclo casa-faculdade. No entanto, existem tantas possibilidades de dar significado a um dia... uma ajuda ao próximo, um detalhe novo percebido no caminho até a faculdade, a letra e o som de uma música que faz você se sentir bem...

Do mesmo jeito que queremos algo da vida, algo do mundo, algo do que nos cerca, é dever contribuir com cada uma dessas coisas. Elas não estão aí apenas para serem sugadas e consumidas, há que se ter reposição, renovação e manutenção das mesmas.

Quais os fatos que marcaram seu dia hoje? o que você fez de bom? o que deixou de fazer? que coisas novas foram percebidas hoje?

Muitos de nós chega ao anoitecer sem respostas para isso...